Como várias indústrias a aviação sofreu um golpe nunca visto com o aparecimento do COVID-19 e, enquanto ainda se espera por uma vacina eficiente, a única maneira de driblar são usar os testes sistemáticos, declarou IATA, responsável pelo setor.
A associação Internacional de Transporte Aéreo continuou: “A crise causada pela pandemia ameaça a sobrevivência dos transportes aéreos, e 2020 já é será seu pior ano desde o nosso começo”.
A receita financeira das empresas aéreas caíram 60% este ano devido a propagação do coronavírus, disse a empresa durante seu congresso anual.
Embora as companhias de aviação tenham reduzidos custos em torno US $ 1 bilhão diário, frotas estacionadas e pessoas desempregadas, elas ainda seguem juntando perdas gigantes e nunca vistas antes, advertiu Airline Sector Takes Historic Hit, o grupo representante de 290 companhias aéreas.
A receita para até o fim deste ano é esperada por volta de US $ 328 bilhões, e a indústria possivelmente irá registrar um total de US $ 118,5 bilhões perdas líquidas, bem pior do que a havia previsto a IATA , que teria dito que esperaria um prejuízo de US $ 84,3 bilhões, acrescentou.
Em 2019, o setor registrou receita de US $ 838 bilhões.
A esperança é que a situação melhore no próximo ano, mas as companhias aéreas possivelmente sofrerão uma perda conjunta de US $ 38,7 bilhões, também pior do que a estimativa anterior que era de US $ 15,8 bilhões, estimou a IATA.
O diretor geral da IATA, Alexandre de Juniac se expressou em um comunicado:”Esta crise é devastadora e implacável”.
“As fronteiras precisam serem reabertas sem as restrições impostas pela quarentena para que todos os passageiros possam viajar de avião novamente “.
“As companhias ainda terão que continuar a extrair de suas reservas até pelo menos o quarto trimestre de 2021”, acrescentou.
A IATA colocou pressão nos governos durante os últimos meses para a introdução de testes do vírus antes do embarque para tirar a obrigatoriedade de períodos de quarentena de 14 dias na chegada, argumentando que essa mudança permitiria às empresas aéreas voltarem aos negócios e ainda manter a segurança.
“A longo prazo, as amplas distribuições das vacinas contra o vírus permitirão que as malhas aéreas sigam abertas sem restrições ou testes, mas ainda é incerto quando a vacina aparecerá”, concluiu em sua declaração.
As previsões da IATA contam com que uma vacina que estará disponível até meio de 2021.
Brian Pearce, o diretor financeiro da IATA, comentou durante uma entrevista coletiva na última terça-feira que “boas notícias” em relação às vacinas “deixam todos mais confiantes” sobre o que está para vir.
Os voos praticamente pararam em abril, antes de aumentar um pouco em junho, principalmente os voos domésticos.
Em setembro, novamente caiu, o surgimento da segunda onda do vírus e com a volta das medidas de prevenção tomadas pelos governos fez com que as fronteiras fossem mais uma vez fechadas.
As empresas aéreas tiveram uma ajuda financeira de US $ 160 bilhões este ano para conseguirem resistir à crise e agora buscam mais uma vez, uma segunda ajuda entre US $ 70 a 80 bilhões.
A IATA deixou claro que, para fazer com que as coisas voltem ao normal, principalmente em nível internacional, serão extremamente necessários a realização dos testes.
A grande maioria do aeroporto já dispõe de centros para fazerem testes rápidos mais precisos, para que os passageiros possam saber suas condições. Testes como RT-PVR, moleculares ou qualquer outro que for exigido pelo país de destino.
De acordo com os estudos feitos pela IATA, se esses testes fossem feitos antes do embarque, o risco de um passageiro infectado entrar no avião seria de 0,06%, ou, em caso de não detectados, de 12 casos para cada 20.000 passageiros.
A empresa aérea da Austrália, quantas, informou que assim que tivermos uma vacina disponível, pedirá provas aos passageiros internacionais da não contaminação pelo vírus.