O déficit fiscal global diminuiu para 6,5% do PIB no terceiro trimestre de 20,4% no segundo trimestre, surpreendendo a todos, não só pelo número, mas também pelos países que se destacaram. Sendo em sua maioria os países asiáticos e que pareciam estar indo na contramão da crise.
A pequena nação asiática Taiwan foi a única nação a reportar superávit fiscal nos últimos três trimestres, que teve 2,6% do PIB. Outro asiatico que se destacou, mas negativamente foi Hong Kong, que registrou o maior déficit fiscal de 24,5% do PIB, seguido por 19% na África do Sul
O déficit fiscal global diminuiu consideravelmente, foi para 6,5% do PIB no terceiro trimestre do ano de 2020, e estava com 20,4% no trimestre anterior. Em termos absolutos, caiu de U$ 3,2 trilhões para U$ 1,2 trilhão no período citado acima, destaca um relatório de Ações Institucionais da Motilal Oswal. Nas economias mais avançadas, chamadas de primeiro mundo, o déficit fiscal diminuiu para 6,9% do PIB depois de subir para 27,6% no T2CY20.
Para economias emergentes e de terceiro mundo em desenvolvimento, excluindo a China, o déficit fiscal ficou em 6,7% do PIB no terceiro trimestre, se tornando o segundo maior nas últimas duas décadas, após atingir 12,4% do PIB no segundo trimestre. Esse déficit causou muitos comentários e dúvidas na comunidade financeira mundial.
Países que chamaram atenção
Coréia do Sul, Taiwan, México e Tailândia registraram um superávit fiscal no terceiro trimestre do ano passado, acrescentou o relatório. Na verdade, Taiwan foi o único país a reportar superávit fiscal nos últimos três trimestres, 2,6% do PIB como já comentamos no início. Assim como Hong Kong e África do Sul relataram o maior déficit fiscal de PIB, foram de 24,5% e 19% respectivamente. Gerando uma surpresa no mercado, já que a potência Asiática vinha se destacando e se recuperando cada vez mais.
Motilal Oswal seguiu dizendo: “No geral, essas diferenças substanciais no apoio fiscal entre AEs e E & DEs confirmam a capacidade e a disposição dos diferentes governos. Eventualmente, essas diferenças podem desempenhar um papel central na determinação do destino da recuperação econômica no curto prazo”, no relatório publicado no começo da semana.
Os gastos fiscais globais subiram para 22,7% em relação ao ano anterior, chegando a 25,1% do PIB, no terceiro trimestre, após uma grande subida de 50,3% no período anterior. Os gastos fiscais em AEs também cresceram 35,3%, enquanto em E&DEs cresceram apenas cerca de 8% e aproximadamente 10%, excluindo a China. Embora os gastos do governo tenham aumentado em todos os AEs, diminuíram em quatro E&DEs, com a maior queda de 13,5% na Índia registrada até o momento, acrescentou no comunicado.
Também houve crescimento
As receitas também cresceram 7,4%, em uma base anual, após a pior contração já registrada neste ano de 2020, que foi de 22,2% no segundo trimestre. O forte crescimento de 36% nos Estados Unidos Da América, devido ao adiamento dos prazos para pagamentos de impostos individuais e corporativos de Abril, Maio, Junho e Julho deste ano de 2020, resultou em um crescimento de 16% nas receitas do governo em AEs. Por outro lado, as receitas encolheram 13% no E&DE ex-China, mas cresceram 4,7%, a cada ano que passa, na China no terceiro trimestre do ano passado. “A pior contração nas receitas fiscais continuou na Malásia, que foi de baixa de -32,5%, seguida pela Rússia e Índia, que ficaram com quase 25% cada”, finalizou o relatório das Ações Institucionais da Motilal Oswal.