Chefe do FMI se expressa sobre ajuda e plano monetário para combater a iminência de uma segunda onda do novo coronavírus.
As recuperações da economia mundial perdem força à medida que mais pessoas são infectadas, essa possível segunda onda trouxe um alerta vermelho ao Fundo Monetário Internacional.
Kristalina Georgieva, chefe do FMI, comentou sobre a importância de ter mais ajuda a economia e ainda advertiu os países sobre retirar essa ajuda mais cedo do que deveriam.
Com as recentes notícias sobre a fabricação de uma vacina, aumentaram as esperanças para retorno ao normal. Mas, mesmo com essa notícia,Georgieva afirma : “o caminho da economia que temos pela frente continua sujeito a contratempos e difícil”, disse ela.
Como fica o cenário financeiro?
O FMI previu que a economia global poderá encolher 4,4% ainda este ano, sendo a pior queda desde os anos 1930. A expectativa para 2021 é de crescimento de 5,2%, mas ressaltou que essa recuperação pode acontecer “desigual e parcial”.
Apenas China deve ser a exceção, a econômica do próximo ano deve continuar abaixo dos níveis de 2019, antes da pandemia, declarou o FMI em um relatório preparado para a cúpula dos países do G-20 neste ano.
Esse crescimento pode desacelerar ainda mais se as potências precisarem voltar com o distanciamento social e permanecer por mais tempo do que o imaginado. A chefe do Fundo ainda acrescentou:
“O ressurgimento de infeções em muitos países mostra o quão difícil e incerto esse crescimento será”. “É por isso que precisamos de uma firme e forte ação política contínua.”
Como fica a economia das grandes potências?
Até o presente momento, a recuperação da economia dos países como os EUA, Japão e os que pertencem a União Europeia, foi mais expressiva do que muitos previram, mesmo com fechamento de muitas empresas e de dezenas de milhões de desempregados.
Mas o FMI avisou que o crescimento futuro pode ser afetado à medida que a pandemia deixa marcas, como a paralisação das escolas e desigualdade social ainda maior.
FMI atualiza previsão de 2021 para economia Mundial
Ela seguiu dizendo que uma falta de conexão entre os mercados das finanças e a atividade real da economia mundial apresenta riscos para manter a estabilidade financeira, enquanto os níveis mais altos dessa dívida podem tornar os investimentos futuros bem mais difíceis.
Os governos de todo o mundo já gastaram mais de US $ 12 trilhões como resposta para à crise.
Kristalina ainda disse que é preciso fazer muito mais pela economia e pediu aos países que apliquem planos para estimular e tornar os esforços gerais muito mais eficazes.
Seus comentários foram feitos no mesmo momento que as negociações nos Estados Unidos da América sobre seus novos esforços para estimular a economia seguem paralisadas, permitindo que os programas de suporte a trabalhadores e pequenas empresas saiam da validade. Ao mesmo tempo na Europa, a falta de entendimento entre os países membros da União Européia também colocaram em perigo um plano fundo para a recuperação.